O primeiro grande teste de Bettencourt no Sporting

«Gastamos hoje menos do que em 2002»
Entrevista de
vítor serpa e hugo forte

Disse recentemente que a Assembleia Geral (AG) de hoje é essencial para o clube. Até que ponto vai a importância desta reunião?

— O atraso na não aprovação deste projecto penalizou-nos fortemente, pois não é fácil atacar seja que objectivo for perante um cenário em que não estão reunidas condições mínimas para o fazer. Acaba por ser um trabalho à vista, em vez de ser um trabalho com mais profundidade. Daí a importância desta AG, independentemente do facto de haver questões que até já estão aprovadas. Quando os direitos televisivos passaram da SAD para a Comércio e Serviços concordei a 300 por cento com esta medida, porque havia a questão dos capitais próprios negativos, pois, ainda por cima, como somos um clube formador, o valor contabilístico dos atletas das camadas jovens é... zero. Na altura essa operação foi fundamental, mas acontece que aquilo que acontece hoje é que temos de inverter este estado de coisas, actualizando em função das necessidades e do momento. E porquê? Porque, de facto, a SAD viu-se privada de uma receita importante que são os direitos televisivos, acontecendo, inclusivamente, que parte desse dinheiro está a ser canalizado para a banca e as sucessivas reestruturações tiveram em linha de conta a necessidade de pagar um determinado passivo, quando neste negócio, independentemente de vendas muito bem sucedidas como é o caso do FC Porto, toda a gente tem perdido dinheiro. Pode ir-se pela razão, pela emoção, por onde se queira, mas como se tem verificado nos últimos anos, tem sido um negócio onde todos perdem.

— Todos os clubes?

— Todos. Os bancos também não têm ganho muito com isto e até têm necessidade de arranjar esquemas para serem ressarcidos daquilo que têm emprestado, porque o negócio em si não liberta meios e, na generalidade dos casos, tem-se assistido à degradação das contas. E isto é tão pior quanto há menos receitas para todos, ou seja, quando tínhamos três clubes na Liga dos Campeões era uma realidade, com dois é outra. No caso do Sporting, por exemplo, não podemos subestimar que estivemos três anos na Liga dos Campeões, o que nos permitiu ir buscar mais 10 milhões por ano e este valor é superior à quotização ou, até, aos direitos televisivos. Portanto, a questão da reestruturação são fundamentalmente duas coisas: não termos um encargo tão pesado com aquilo que tem de se pagar aos bancos quer de juros, quer de capital, assegurando, por sua vez, condições mínimas para que se consiga uma maioria na SAD e, sobretudo, uma coisa que o dr. Dias da Cunha referiu várias vezes e que deu um óptimo contributo: é que em caso de uma mais-valia extraordinária da SAD isso não devia ser um benefício só da SAD mas também do clube. O Sporting-clube tem hoje, directa e indirectamente, cerca de 70 por cento da SAD. Ou seja, a sociedade desportiva é muitas vezes vista como um corpo estranho ou há uma interpretação um bocadinho maniqueísta, porque uns querem tudo para a bola, outros querem tudo para o clube como se fossem realidades completamente dissociadas. É conhecida na nossa história uma quase permanente conflitualidade entre a gestão da SAD e do clube, algo que não acontece nos nossos principais rivais. Uns por uma questão de cultura de clube já muito arreigada, outros por necessidade de recuperar algum tempo perdido criaram esta cultura mais tarde mas também com alguma fortaleza. No fundo, o Sporting tem 31 milhões de euros de orçamento, depois esta divisão pode ser feita como se quiser. Pode dar-se mais às amadoras e menos ao futebol, mais ao futebol menos às amadoras...

— Mas é curioso que o clube tem tido vários presidentes mas a SAD mantém a sua estrutura quase desde o início. Estará o problema no clube e não na SAD?

— Não. Quando se vive em guerra isso desgasta muito e o que não há dúvida é que não tem sido possível por ene razões, entre as quais essa instabilidade até nas próprias lideranças e o espírito bastante desavindo com que o clube se manifesta. Isso, obviamente, não ajuda a um trabalho tranquilo, mesmo internamente. Uns acham que têm meios, outros acham que não têm meios, o que não há duvida nenhuma é que nos últimos anos assistiu-se a um agravamento muito significativo nas nossas condições de concorrência, pois quando fomos campeões pela última vez gastávamos o mesmo do que os outros e hoje gastamos metade.

— São os outros que gastam mais ou é o Sporting que gasta menos?

- Nós gastamos menos do que em 2002 e os outros investem e gastam muito mais. Mas este modelo é um bocadinho de estar no meio, não é carne nem peixe. Ou seja, temos um orçamento que para ficar em terceiro é caro mas para ficar em primeiro é muito barato. Os nossos concorrentes a seguir têm um orçamento de 7 milhões, e depois entre os 20 e os 40 há uma grande distância. Obviamente, isto não é nenhum desculpa nem desresponsabilização, porque isso obriga a trabalhar melhor, mas põe mais pressão em todo o lado e penso até que se trabalhou mal a questão do segundo lugar porque era difícil ficar quatro anos seguidos à frente do Benfica, tendo em conta os níveis de investimento e orçamento.

Muito afastados da concorrência

— Por que não baixou a expectativa para esta época? Esta continuou muito alta...

- Isso talvez seja uma das razões do problema de hoje. Toda a gente sentiu muito a pressão e a necessidade de fazer um brilharete mas talvez também não se contasse muito com o pé no acelerador de alguns concorrentes. Isso, indiscutivelmente, aumentou os níveis de pressão interna, com jogadores e equipa técnica a sentirem que não podem falhar. A auto-exigência, o brio e a responsabilidade são grandes. Mas também não faz sentido dizer que não se tem condições nenhumas... a conversa não poderia ir por aí. Temos de assumir as responsabilidades e ir à luta. Mas também há o facto de alguns jogadores já não serem vistos como jovenzinhos. Há uma cobrança para os jogadores. Uns como se estivesse em fim de linha e outra para os que estão a adaptar-se. Mas obviamente, a realidade dos factos diz-nos que nunca estivemos tão afastados dos nossos concorrentes.

— O Sporting tem os seus direitos televisivos alienados até quando

— 2012/2013.

— É um mau acto de gestão ter empenhado os direitos televisivos até tão tarde?

— Mas aí estamos iguais a quaisquer outros.

— Mas os outros também têm problemas...

- Há uma expectativa que esses direitos se possam valorizar, mas os contratos estão assinados, são para respeitar e não há problema, porque na altura ninguém assinou os contratos com uma pistola apontada à cabeça.

— Mas foi um acto de gestão menos conseguido?

- Não creio, porque na altura não houve qualquer concorrente a oferecer nem mais um tostão. É preciso recordar que quando se renovaram os direitos televisivos já se dizia isso mas não é por acaso que todos os clubes negociaram os direitos com quem negociaram [Olivedesportos].

— Qual o valor dos direitos televisivos que vão passar para a SAD?

— Cerca de 8 milhões de euros.

— Consegue quantificar o que pode significar esta aprovação? Quanto é que pode descer o passivo?

— Pode ser abatido em 55 milhões, o valor das VMOC.

— Aqueles 31 milhões de que falava há bocado podem aumentar? Com quanto o clube pode passar a viver?

— Essas contas ainda não estão feitas, porque não vou fazer esse tipo de demagogia. Há uma coisa que normalmente não faço, que é mentir. Prefiro não falar em pavilhão e fazer o pavilhão e não dizer uma série de coisas e depois fazê-las. Só depois disto feito é que o novo plano terá de ser anunciado e ser vivificado mas por isso é que digo que isto é muito importante como condição necessária. Mas não vou fazer uma espécie de chantagem emocional com as pessoas, embora estas devam ter a noção de que isto é muito importante.

«Temos de ter mais cautelas»

— Há pouco falou de uma espécie de opção programática, que o Sporting está muito longe dos que gastam 7 mas também dos que gastam 40. Defende uma aproximação aos 40?

— Não temos a mínima hipótese de nos aproximarmos dos 40 milhões de euros, porque não vamos fazer uma coisa para derreter num ano aquilo que estamos a fazer agora.

— Mas mantém-se a contradição, porque o Sporting continuará a gastar de mais para o 3.º lugar e de menos para o 1.º...

— Mas uma coisa é um cheirinho, outra é passar de 20 para 40. Isso é absurdo. Pensem numa coisa: o Sporting em 2000 tinha um total de receitas de 25 milhões e gastava mais do que isso. Hoje tem 60 milhões, pode gastar mais, mas por uma questão de sobrevivência, não pode afectar mais. A não ser que se entre num modelo suicida e aí, se as coisas corressem mal, nem sei se teríamos as mesmas condições políticas e económicas para sermos apoiados. Portanto, temos de ter mais cautelas.

«Elites exigem muito mais do que dão»

Bettencourt deixa um recado interno bem claro e pondera em assumir uma presidência bem mais 'musculada' José Eduardo Bettencourt ainda não sabe se tivesse demonstrado mais cedo a sua disponibilidade para a presidência do clube se o clima estaria hoje mais pacífico em torno da equipa, mas não sente qualquer remorso na indecisão, pois colocou «muita coisa em causa» com o avanço para as eleições. «Precisei à-vontade de três meses para perceber o que é o clube e recomendo vivamente a outros que tenham essa ambição, perfeitamente legítima, que se preparem e estudem, porque isto é mais difícil do que as pessoas julgam e o Sporting é muito difícil. É difícil trabalhar no Sporting, tem muito órgão, muita tendência, muita assembleia, é tudo muito partilhado, muito explicado. Os outros conseguem trabalhar e fazer coisas dando muito menos cavaco. Aqui é uma democracia parlamentar, sem músculo nenhum, em que algumas elites exigem muito mais do que dão», disse.

Será a isto que se referiu quando falou da falta de solidariedade entre os órgãos do clube? «O Sporting é uma história de lideranças com alguma volatilidade por isso fica sempre um grupo dos amigos que saíram, ou hão-de voltar, ou que já estiveram e tudo isto vai coexistindo. Portanto, enquanto ninguém passar o Rubicão e a prova dos nove for feita, não haverá condições para uma liderança efectiva, porque as pessoas estarão sempre desconfiadas. Nunca ninguém sabe se aquele aguenta ou não e isto há uma certa postura de olhar para o lado que é um bocadinho contagiante, enquanto noutros casos houve condições mais claras para haver liderança. E também pode ter a ver com o perfil», responde, enquanto pensa se uma liderança mais musculada não será a solução: «Tem de se passar o período experimental. Há uma fase em que as pessoas podem alegar ajustamento por inaptidão tecnológica, se houver condições para passar esse período, passa-se a uma implementação mais rigorosa. Mas atenção: até agora não temos queimado cartuchos. Todas as etapas estão a ser percorridas.»


«Paulo Bento tem responsabilidade por o Sporting ainda ter a cabeça fora de água»

— Esse cheirinho será suficiente para anular essa contradição e ter outras condições para lutar pelo primeiro lugar?

— É o que é possível e às vezes pode chegar. Tenho esperança que os outros venham para baixo, também. Por aquilo que vejo na UEFA e em outras Ligas, é que há uma preocupação de contenção que não havia há 10 anos. Vejo ligas europeias extremamente preocupadas com os seus clubes e mesmo em Inglaterra clubes vendedores como Liverpool ou o Arsenal também não compraram praticamente ninguém. E o que se pensa hoje no mundo do futebol é que não se pode viver só com xeques... Que é outra preocupação, como se limita os xeques. Todos hoje perdem dinheiro continuadamente excepto naqueles sítios em que no final do ano alguém mete lá o caroço... e aqui, honra seja feita ao futebol português, acho que todos fazemos milagres. Às vezes quando concorremos com o A ou com B parece que somos todos maus, mas acho que somos todos bons, porque quando se vê nalguns clubes importantes a forma como se trabalha e o dinheiro que se gasta, se vê estruturas pouco organizadas e profissionais, fica-se um bocadinho com inveja dos livros de cheques deles e os portugueses nesse aspecto são todos muito bons. Nas competições europeias, era um escândalo o Sporting perder com o Basileia, que por acaso agora só ganhou ao Liverpool, mas não passa pela cabeça perder com o Basileia. Porquê? Gastam mais do que nós.... A Fiorentina tem 35 milhões de direitos televisivos e vive a chorar que a Juventus tem 90 e nós achamos que temos obrigação de ganhar. O futebol português tem vivido muito acima daquilo que é o seu gasto e acho que muitas vezes sobressaem mais as guerras internas, mas penso que os vossos leitores percebem que o futebol português tem sido das áreas mais competitivas do nosso país.

— Há uma questão de que se tem falado muito que é a introdução de um tecto salarial. É favorável a essa medida?

— Nunca vai funcionar, agora o que pode funcionar é limitar despesa, haver alguns critérios que sejam acompanhados porque a mera questão de um orçamento nada resolve.

«cheira um bocadinho a barril de pólvora»

— Mas estou a falar num tecto salarial...

— Acredito que não funcione por tecto mas por limite máximo de gasto. Essa pode ser uma limitação, como pode ser o limite do nível de endividamento, porque todos os clubes vivem com um nível de endividamento que não é tolerável face àquilo que o seu negócio gera e em todos os clubes as pessoas pensam que se deve ir buscar mais este ou mais aquele. Em todos os presidentes, desde o clube mais modesto ao clube intermédio, esta noção de exigência está muito acima daquilo que é a capacidade sustentada dos clubes e portanto o futebol português começa a cheirar um bocadinho a barril de pólvora e é preciso ter a noção que o acesso a crédito não é ilimitado. Todos nós temos a noção de que estamos a queimar ou já queimámos os últimos cartuchos e que a vida será diferente daqui para a frente.

— Caso o plano não seja aprovado, é inevitável a venda do passe de alguns jogadores no final de cada época?

— Penso claramente que um clube como o Sporting precisa de vender, de criar turnover, precisa de ir ao mercado, mas também nessa questão é se preso por ter cão e por não ter...

— Está refém dessa política de estabilidade que não gera emoções?

— Este ano foi um bocadinho atípico porque as eleições são numa altura em que as coisas vão numa fase muito adiantada e é difícil inverter o que quer que seja

— Essa política de estabilidade está directamente relacionado ao decréscimo registado na venda de gamebox e às fracas assistências?

— Há dois fenómenos. Um é um demérito nosso: fracas exibições. E outro mérito de outros, que às vezes nos afecta indirectamente, pois às vezes as vendas são relativas: se comprar um e o meu adversário um, não acontece nada, se comprar um e o meu adversário mais há esta angústia que todos nós temos: porque os outros conseguem e nós não conseguimos e isso obviamente faz parte do negócio. As assistências também não têm sido assim tão diferentes. O Sporting é mais imune do que outros clubes, mesmo quando corre bem ou mal.

— Está arrependido do forever, não se sente refém?

— Nada. Nem eu nem ele e obviamente que os interesses do Sporting estão acima de qualquer frase...

— Recentemente teve uma reunião importante com a equipa técnica. O que lhes disse para que haja uma inversão deste rumo negativo?

— Não tive nenhuma reunião extraordinária. Foi dado ênfase porque o jogo com o Belenenses foi muito negativo, embora tivéssemos feito o suficiente para merecer os três pontos. Tínhamos invertido uma série negativa e era muito importante fazer um resultado positivo. No Porto, apesar de termos jogado com dez uma parte substancial do tempo, fizemos uma exibição digna e não havia razão nenhuma para voltar aos maus resultados. As reuniões que se têm são normais mas há sobretudo uma preocupação de fazer um trabalho o mais integrado possível que visa melhorar algumas das competências e ver se conseguimos melhorar o rendimento nas vertentes que o possam condicionar. Estamos a falar até da vertente mais motivacional, psicológica. Sinto que há uma carga excessiva sobre alguém que fica quatro anos em segundo e fica com o ferrete do eterno segundo.

«Jogos em casa são vistos como finais»

— Percebe a contestação à equipa, especialmente quando joga em casa?

— Há hoje claramente a noção que cada jogo que se faz aqui é uma final e isso começou a sentir-se no primeiro jogo. A equipa técnica e os jogadores também sentem isso.

— Porquê? Consegue perceber?

— A explicação é diversa. Há uma auto-exigência que às vezes condiciona um bocadinho mas quando se falha um passe isso nada tem a ver com o treinador. A bola queimar em certos momentos nada tem a ver com o sistema táctico.

— Tem de haver alguma coisa que melhore esse estado de espírito das pessoas. Quando a equipa jogar melhor isso vai melhorar ou é preciso uma terapia?

— Todos temos de passar isto juntos porque isto é o somatório de várias coisas. O Sporting está muito desgastado por razões internas e externas, todo este desgaste tem criado um certa saturação e percebe-se que é um fardo pesadíssimo estar a levar nesta altura o clube para a frente.

— É uma consequência da estabilidade, de não haver uma mudança de caras?

— Mas essas são as soluções demagógicas, populistas e de muito pouca eficácia porque quando se conhece a forma de trabalhar das pessoas, o rigor, a seriedade e a honestidade e temos a perfeita consciência de que isso é um paliativo e nós temos a consciência de que há outras questões estruturais que estão na génese deste desgaste e tensão e não é nada unânime a questão do Paulo Bento, talvez tivesse havido aqui um hiato em que isto esteve tudo para acabar como as pessoas conheciam. Ano de eleições é muito difícil, porque uns acham que saem, outros que entram e quando se tenta entrar numa onda de pacificação e de arrumar a casa com aquilo que existe, às vezes pode-se perder um determinado tipo de élan. Foi muito tempo sem solução à vista, foi muito tempo com crítica e saturação, tem sido sempre tudo muito duro e difícil e acresceu a isso muito tempo de incerteza e retomou-se tarde de mais em relação a alguns aspectos.

— Enquanto se vive esta situação, não teme que o Paulo Bento saia pela porta pequena?

— O Paulo Bento nunca sairá pela porta pequena. É preciso que as pessoas percebam que o Paulo Bento neste momento é o segundo treinador da história com mais longevidade, a seguir ao senhor Szabo.

— O sr. Szabo que saiu pela porta pequena....

— Não vi esses arquivos [risos]. O Paulo Bento já é um treinador que atingiu várias metas e vários recordes no Sporting e tem uma participação directa no facto de o Sporting ainda estar com a cabeça fora de água. Ao Paulo Bento tem de se reconhecer três Ligas dos Campeões seguidas e a venda de um Nani da qual resultaram directa ou indirectamente mais de 50 milhões de euros e que se calhar, se hoje não tivesse acontecido, a história hoje era diferente. Esteve pela primeira vez nos oitavos-de-final, em termos desportivos, não ganhando, teve prestações honrosas e fez melhor do que muitos com muito menos investimentos e muito menos gasto. Isto tem de ser dito ene vezes. Ele próprio já disse e não tenho como o rebater. Nunca se provará se tivesse as mesmas condições que outros e, de facto, essa prova não pode ser feita. Estamos a falar de concorrentes com investimentos em jogadores nos últimos quatro anos de mais de 100 milhões de euros.

«Caicedo pode ser muito útil»

Presidente faz uma análise aos reforços: elogia a personalidade de Matías e diz que Caicedo já estava a ser cobrado antes de começar a jogar
A integração dos reforços para esta temporada também foi tema abordado durante a conversa.

«Isto é um desporto colectivo e os reforços integraram-se melhor ou pior consoante a capacidade de rendimento do grupo. Já tivemos casos de jogadores assobiados neste clube que, quando o colectivo começou a funcionar, acabaram por se valorizar. O Matías é uma figura destacadíssima da equipa do Chile, que conseguiu o apuramento para o Mundial da África do Sul. É um craque de selecção, um indivíduo excelente do ponto de vista do pessoal e capacidade de integração; o Caicedo tem estado no Equador em bastante bom nível. Agora, é preciso ter consciência de que hoje em dia a cobrança é muito grande. O Caicedo é um jogador que pode ser muito útil ao Sporting, tem características muito interessantes. Antes de começar a jogar já havia uma cobrança, já se dizia que não jogava nada, que não prestava, que nenhum deles presta para nada!», frisa.

Quanto a Angulo, o presidente está convencido de que o espanhol consegue aguentar os assobios.

(fonte: A Bola)

Comentários

Sportinguista disse…
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