Opção que deve ser respeitada
"Por
ROGÉRIO ALVES
O Sporting voltou a decepcionar. Um golo serôdio repôs justiça no marcador e engrossou o desapontamento. O empate teve o efeito de uma descarga eléctrica. Naufragámos com terra á vista, num desaire salpicado de crueldade, pois a vitória, se não formosa, parecia segura. A tristeza associou-se ao desencanto e à revolta. Só os melhores clubes sofrem assim e nós somos o melhor. Quando o amor é incondicional, a reacção tende a ser brutal.
Neste quadro se entendem as legítimas criticas à equipa e a sublinhada descrença no seu futuro. Passaram dois dias. Estive a ouvir o Dr. Bettencourt na entrevista à TVI.
Vi um grande sportinguista, que sofre como adepto, sofre como sócio e sofre ainda mais como presidente.
Um homem que tem feito um enorme esforço para agregar o clube, ampliar a família, revitalizando-a no corpo e na alma, mas a quem o futebol não tem ajudado. Fez uma aposta: a de preservar o Paulo Bento. Considera que ele não faz parte do problema mas sim da solução. Muitos não concordarão. Mas já concordarão, estou certo, com duas ou três coisas elementares. Foi esta a opção de quem tem o dever e o direito de optar. Por isso, deve ser respeitada. Não é preciso, sequer, estar de acordo. Basta perceber que, uma vez tomada a decisão, a atitude mais inteligente, a que mais ajudará o Sporting, é apostar tudo no seu sucesso.
Quem dirige não pode divulgar em público o diagnóstico e a terapêutica. Mas tem a informação e os dados cruciais. Nós temos a visão do jogo e do resultado. Contudo, às vezes, as aparências iludem. Galileu pagou caro por ter afrontado a aparência cósmica vigente.
Criticar é legítimo e é salutar. Apostar no fracasso porque se discorda da opção já é niilista e doentio.
No curto prazo temos de voltar a ganhar jogos, pontos e tranquilidade. O resto fica para depois."
(fonte: A Bola)
ROGÉRIO ALVES
O Sporting voltou a decepcionar. Um golo serôdio repôs justiça no marcador e engrossou o desapontamento. O empate teve o efeito de uma descarga eléctrica. Naufragámos com terra á vista, num desaire salpicado de crueldade, pois a vitória, se não formosa, parecia segura. A tristeza associou-se ao desencanto e à revolta. Só os melhores clubes sofrem assim e nós somos o melhor. Quando o amor é incondicional, a reacção tende a ser brutal.
Neste quadro se entendem as legítimas criticas à equipa e a sublinhada descrença no seu futuro. Passaram dois dias. Estive a ouvir o Dr. Bettencourt na entrevista à TVI.
Vi um grande sportinguista, que sofre como adepto, sofre como sócio e sofre ainda mais como presidente.
Um homem que tem feito um enorme esforço para agregar o clube, ampliar a família, revitalizando-a no corpo e na alma, mas a quem o futebol não tem ajudado. Fez uma aposta: a de preservar o Paulo Bento. Considera que ele não faz parte do problema mas sim da solução. Muitos não concordarão. Mas já concordarão, estou certo, com duas ou três coisas elementares. Foi esta a opção de quem tem o dever e o direito de optar. Por isso, deve ser respeitada. Não é preciso, sequer, estar de acordo. Basta perceber que, uma vez tomada a decisão, a atitude mais inteligente, a que mais ajudará o Sporting, é apostar tudo no seu sucesso.
Quem dirige não pode divulgar em público o diagnóstico e a terapêutica. Mas tem a informação e os dados cruciais. Nós temos a visão do jogo e do resultado. Contudo, às vezes, as aparências iludem. Galileu pagou caro por ter afrontado a aparência cósmica vigente.
Criticar é legítimo e é salutar. Apostar no fracasso porque se discorda da opção já é niilista e doentio.
No curto prazo temos de voltar a ganhar jogos, pontos e tranquilidade. O resto fica para depois."
(fonte: A Bola)
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