Naval 0-1 Sporting :: 14ªj. Liga Portuguesa

Devo começar por me dirigir aos adeptos Leoninos que marcaram presença na Figueira da Foz, onde me incluo, obviamente. Não é que sejamos mais Sportinguistas que os restantes, nem é esse o objectivo, mas para os 600 ou 700 que estiveram na Figueira da Foz a um sábado à noite, com uma temperatura a rondar os 2ºC, não será certamente o melhor serão mesmo sabendo que o futebol é um desporto fabuloso. O que nos move? O Sporting. A paixão pelo clube. O Sporting clube acima de tudo! Acima de jogadores, treinadores, direcção, SAD ou afins. Aquela camisola "passeia" pelo campo, que honra os nosso antepassados e que marca história a cada dia que passa, é a nossa fé!

Virando para o jogo, chegamos à conclusão que Liedson sempre tinha razão. Carlos Carvalhal retomou o 4-4-2, fazendo a vontade ao "Levezinho" e colocando-lhe como companhia Saleiro. Aliás, eu ainda ontem reclamava aqui no blogue, a oportunidade para este jovem jogador em detrimento de Postiga.

E não há mal nenhum voltar a um esquema táctico antigo, utilizado por Paulo Bento ou José Peseiro (Fernando Santos). Carvalhal disse-o quando pegou na equipa que jogar nesse sistema não seria nunca o problema, ter um plano B era o que faltava no tempo do anterior treinador. Claro que falta um plano alternativo como faltam jogadores. Falta muita coisa e não é novidade para niguém!

A vitória desta noite do Sporting é mais que justa. Após um período inicial onde a Naval ainda "mostrou os dentes", a única oportunidade do jogo para a equipa da casa foi bem cedo, desperdiçada por Marinho, e nada mais fizeram. até ao final do jogo. A partir desses momentos iniciais, o Sporting assentou o jogo, passou a controlar a partida e marcou por Saleiro, após bom trabalho de Liedson, o melhor em campo.

Até ao intervalo o Sporting poderia e deveria ter resolvido a partida. Primeiro poderia ter acontecido se Xistra tivesse marcado uma grande penalidade sobre Saleiro mesmo nas suas barbas, segundo se não fossem os jogadores do Sporting tão perdulários.

Na segunda parte, e já não é a primeira vez que o Sporting faz este tipo de jogo, controlamos em demasia. Desejamos tanto as vitórias, principalmente Carvalhal, que nem pensamos que marcando mais um golo tudo fica resolvido. Ao invés, circulamos o jogo, cansando a equipa adversária obrigando-a a avançar no terreno, esquecendo que a qualquer momento as coisas até se podem complicar. O que não foi o caso!

Dois apontamentos finais para Carlos Carvalhal. Vencemos o jogo. Sem dúvida o mais importante, mas aquela satisfação no final do jogo como se tivéssemos jogado de forma brilhante tem de ser mais controlada. Há muito trabalho para fazer na transposição defesa-ataque e há que evitar e muito, o excesso de pontapé para a frente. Depois, quando o 4º árbitro levantou a placa com 3 minutos de descontos, não me pareceu ser de bom tom colocar um jogador como Matías Fernandez (ou até outro qualquer) a 15 segundos de acabar o tempo de descontos. Não só não somos um clube para perder tempo, como o jogador do Sporting não merecia essa atitude.

Terminamos o ano de 2009 a vencer. Agora há uma pausa de Inverno que muito proveitosa terá de ser, para que 2010 seja um ano completamente inverso a este que está no seu fim. Amanhã há clássico na Luz, ver o jogo descansado e saber a quem vamos recuperar alguns pontinhos.