Doloroso
Há muitos anos que uma derrota não me deixava tão desesperado. A sensação de impotência perante a situação actual do Sporting chega a ser assustadora. Hoje, bem cedo quando cheguei ao trabalho, notava que os amigos portistas não estavam com a vontade tradicional de me gozar. Acho que a minha (má) cara dizia tudo. Um olhar distante no vazio do horizonte!
Custou muito encaixar semelhante derrota. Mais que o espelho do números, o que se viu em campo foi confrangedor. O Meu Sporting, que tanto amo, está a ser muito maltratado!
Não estava disposto a escrever qualquer linha hoje relativo ao Sporting. Período de reflexão pessoal exige-se. Mas bem cedo quando acordei e li as declarações do Liedson pensei o quanto adoro o "Levezinho" como profissional dentro de campo, mas também não esqueço que ele não é um menino de coro. Ontem exigia-se silêncio. À pergunta com segundas intenções do jornalista, Liedson remetia, ontem, para o silêncio. Havia tempo para voltar à questão mais tarde.
Repare-se a diferença. Connosco tudo se sabe, tudo é transcrito nos jornais segundos após ter acontecido. Seja no Edifício Sede, no balneário ou na Academia. O incidente Bruno Alves/Tomás Costa saiu cá para fora, fontes garantem-me que o bufo é o Beto, mas rapidamente os jogadores disciplinados à Porto e principalmente o argentino desmentiu logo tudo de imediato. Certo que até tremeu quando disse juro, mas lá tratou de desdramatizar o caso!
E volto ao silêncio. Que é feito do nosso Presidente? Ontem não foi ao Dragão por motivos pessoais, quando no mínimo exigia-se a sua presença e nunca na tribuna Presidencial. Hoje exigia-se que falasse. Um Líder, a sério, nunca delega nos seus sub-alternos a função primordial de enfrentar as consequências e de definir um rumo, um novo rumo. Mas afinal o que vimos é Salema a falar. Assumir as culpas. Por amor de Peyroteo que palavras foram aquelas de Garção? De ocasião? Estou farto disso!
Eu quero um Presidente para os bons e para os maus momentos. E nos piores, como aqueles em que nos encontramos, quero um Líder forte, com noção da realidade, com estratégia, com princípios, com credibilidade e por aí fora. Será que vamos ter eleições em breve?
p.s. o título foi "roubado" ao post do amigo José Duarte do blogue A Norte de Alvalade, com quem partilhei ontem a dolorosa viagem até ao Dragão, pré e pós jogo!
Custou muito encaixar semelhante derrota. Mais que o espelho do números, o que se viu em campo foi confrangedor. O Meu Sporting, que tanto amo, está a ser muito maltratado!
Não estava disposto a escrever qualquer linha hoje relativo ao Sporting. Período de reflexão pessoal exige-se. Mas bem cedo quando acordei e li as declarações do Liedson pensei o quanto adoro o "Levezinho" como profissional dentro de campo, mas também não esqueço que ele não é um menino de coro. Ontem exigia-se silêncio. À pergunta com segundas intenções do jornalista, Liedson remetia, ontem, para o silêncio. Havia tempo para voltar à questão mais tarde.
Repare-se a diferença. Connosco tudo se sabe, tudo é transcrito nos jornais segundos após ter acontecido. Seja no Edifício Sede, no balneário ou na Academia. O incidente Bruno Alves/Tomás Costa saiu cá para fora, fontes garantem-me que o bufo é o Beto, mas rapidamente os jogadores disciplinados à Porto e principalmente o argentino desmentiu logo tudo de imediato. Certo que até tremeu quando disse juro, mas lá tratou de desdramatizar o caso!
E volto ao silêncio. Que é feito do nosso Presidente? Ontem não foi ao Dragão por motivos pessoais, quando no mínimo exigia-se a sua presença e nunca na tribuna Presidencial. Hoje exigia-se que falasse. Um Líder, a sério, nunca delega nos seus sub-alternos a função primordial de enfrentar as consequências e de definir um rumo, um novo rumo. Mas afinal o que vimos é Salema a falar. Assumir as culpas. Por amor de Peyroteo que palavras foram aquelas de Garção? De ocasião? Estou farto disso!
Eu quero um Presidente para os bons e para os maus momentos. E nos piores, como aqueles em que nos encontramos, quero um Líder forte, com noção da realidade, com estratégia, com princípios, com credibilidade e por aí fora. Será que vamos ter eleições em breve?
p.s. o título foi "roubado" ao post do amigo José Duarte do blogue A Norte de Alvalade, com quem partilhei ontem a dolorosa viagem até ao Dragão, pré e pós jogo!
Comentários
acho que o momento requer uniao mas sobretudo trabalho, na planificaçao, a todos os níveis, da proxima época.
falta definir a estructura organizativa do futebol, falta definir a política de comunicaçao do clube, falta definir o projecto futebolístico e as peças chaves do mesmo, falta voltar a projectar referências leoninas e é preciso começar a pensar, junto com os sócios, numa maneira de recuperar instalaçoes de atletismo próprias.
todas estas carências começam numa tomada de posiçao e de liderança, nao necessariamente pública, mas que implica uma presença clara.
marcar eleiçoes antecipadas nao seria estrategicamente a melhor opçao, pelas datas em que caem e porque, quer queiramos quer nao, esta reestruturaçao financeira tem um cunho pessoal dos actuais responsáveis.
o que tem que existir é um escrutínio agressivo e uma cultura de exigência a todos os representantes leoninos (desde o presidente ao roupeiro, passando pelos jogadores) e exigir trabalho feito a pensar a medio-longo prazo. JEB nao tem mais oportunidades, caso contrário as próximas férias que tirar do Sporting serao definitivas.
saudaçoes leoninas,
tiago