Os jornalistas indignados com Costinha
Tenho lido muitos jornalistas indignados pelo comportamento de Costinha, recentemente, quando falou directamente contra uma jornalista da TVI. Ainda hoje na A Bola, crónica de Carlos Pereira Santos, há comparações com Sócrates e afins, levando a crer que Costinha começou um trabalho de limpeza e que deseja impedir os ditos jornalistas de fazer o seu trabalho.
Os jornalistas desportivos em Portugal têm o tratamento que merecem, dado que apenas estão preocupados em saciar os objectivos de quem os paga, vender jornais a todo o custo. Informar, a principal função de jornalista (de forma básica), não interessa. Costinha está empenhado na alteração de algumas regras dentro do Sporting.
Claro que alguns já estão preocupados com a suposta caça aos bufos. Pode-se acabar com a mama! E portanto, fala o dito jornalista na relação entre jornalistas e jogadores.
Costinha pode ter de rever a forma como se expressa em relação a uma classe, que obviamente merece respeito, mas também os jornalistas devem perceber que informar não é injuriar ou inventar. Há um limite que há muito foi ultrapassado por vários jornalistas, e nunca vi os outros preocupados com essa atitude. Veja-se os inúmeros exemplos do Record este ano.
Costinha está empenhado em controlar determinada fuga de informação dentro do Sporting, nunca em controlar a informação como a peça insinua.
Comentários
SL,
tiago
SL,
Costinha não vai ter uma boa imprensa, isso é incontornável e só tem uma maneira de combater esse facto:
- Ganhando jogos. Não há volta a dar-lhe. É que se não fôr assim, Costinha via passar as passas do Algarve.
Em Dezembro, Carvalhal foi apresentado como treinador principal através de um video afixado no site oficial do Sporting. Não houve conferência de imprensa. Não houve perguntas de merda. Não houve nada. E os jornais reproduziram o que ali foi dito como um rebanho.
Sei, por motivos que não vêm ao caso, que o caso gerou ondas de choque nos dois jornais desportivos de Lisboa. Assustaram-se a valer com a possibilidade de acabarem as entrevistas, as conferências e se sujeitarem a um fluxo de informação alimentado de Alvalade. Inexplicavelmente, o processo não teve sequência. Mas ficou a ideia.
Abraço. Muito bom blogue.