Sporting 1-0 Marítimo
Há mais de trinta ano que o ritual se repete, a visita à aldeia do meu pai para as festas da terra. Sempre no penúltimo fim de semana de Agosto, é algo que nunca dispenso. Reencontro com família, com amigos e conhecidos que por vezes só os vemos nessa altura do ano e o futebol!
A primeira ou segunda jornada do nacional de futebol coincide sempre com a festa. Sem acesso à net porque fica no fundo de vale, numa aldeia transmontana em pleno douro, sem rede de telemóvel, seguir o futebol e em particular o Sporting (quando SportTv) só mesmo no café do Cruzeiro. É um ritual que se repete ano após ano.
Ontem voltou-se a verificar com o desafio Sporting-Marítimo. Às 18 horas lá estava no café pronto para seguir com atenção o jogo. E com uma vantagem. A procissão tradicional de domingo era à mesma hora que o jogo, logo podia ver sozinho sem me chatear com os bitaites do costume relativos às incidências da partida.
A vitória do Sporting foi justa. Não apaga obviamente a semi depressão em que nos encontramos. Desde quinta feira que não tinha vontade para escrever. O desaire com o Brondby foi muito forte e aguardava com alguma ansiedade o encontro em Alvalade. Curiosamente Paulo Sérgio fez-me a vontade de colocar em campo a equipa com o único esquema que me parece possível com este Sporting, o 4-2-3-1. Podemos discutir os jogadores em campo, a utilização de uns em detrimento de outros, mas à partida e com a forma demonstrada nos últimos 2 jogos, este esquema parecia-me o mais viável para conseguir os 3 pontos diante do Marítimo.
Mas este esquema obriga a que os alas subam com frequência, certeza e criem oportunidades na área para que depois Liedson, Vukcevic e quem os acompanhar no ataque não desperdicem as oportunidades criadas. Comecei por falar dos alas, porque Evaldo que para mim era um valor seguro na contratação que foi efectuada, ainda não conseguiu demonstrar a qualidade da época passada. Isso preocupa-me. E João Pereira que contra o Brondby tentou e tentou colocar as bolas na área para finalização, sem sucesso e não por culpa dele, ontem viu-lhe o azar "bater à porta" com aquele choque no joelho de Patrício. E se estes dois não funcionarem, como será? Aliás, basta ver o que fez Paulo Sérgio quando João Pereira teve de ser substituído e no seu lugar colocou Carriço.
Quando o intervalo chegou com o nulo, temi que Alvalade brindasse com mais intensidade os jogadores com novas assobiadelas, mas ficou claro que na primeira parte não marcou por manifesta infelicidade, Vukcevic com 2 excelentes ocasiões podia ter feito funcionar o marcador. Previa-se uma segunda parte nervosa, os 3 pontos tinham de ser conquistados para que anímicamente a equipa ganhasse algum estofo para o confronto da próxima quinta feira na Dinamarca. Sair da depressão.
O golo demorou a surgir e já era evidente o desespero Leonino. Conseguimos numa grande penalidade indiscutível, quando a equipa já estava na sua 3ª versão ao longo dos 90 minutos. Matías Fernandez que marcou a grande penalidade estava como player-maker, Yannick na esquerda, Maniche na direita e Saleiro a companhia de Liedson. Em abono da verdade, quando nesta versão que terminou a partida vi sair Vukcevic, um dos melhores elementos do jogo, temi que não mais chegasssemos ao golo. Felizmente conseguimos, bem merecida a vitória, venceu a única equipa que poderia ter vencido e que acreditou sempre isso era possível.
Agora segue-se uma viagem quase impossível à Dinamarca, e sobre isso falaremos mais tarde, e de hoje a oito a segunda deslocação da época à Figueira da Foz, onde por exemplo o Porto passou com imensas dificuldades.
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SL
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