Ainda sobre Bojinov
O que mais me custa a perceber nesta história do Bojinov é que o búlgaro ao longo da primeira metade do campeonato tinha 2 condições muito interessantes:
1. A confiança de Domingos. Por diversas vezes o treinador Leonino demonstrou-o em conferências de imprensa, que depois acabariam por reflectir-se em campo, ao ser o principal substituto de Wolfswinkel. Claro que, por falta de qualidade, habituação ou outra característica que lhe queiram adicionar, não correspondeu, e o Sporting viu-se na iminência de procurar um avançado na reabertura do mercado. Chegou Ribas e Bojinov foi preterido. Mas um profissional de futebol, embora possa ter estados emocionais que variam com facilidade, tem de estar preparado para estas consequências, que na verdade, só ele pode alterar;
2. No banco e balneário era respeitado. Via-se muitas vezes o atacante búlgaro a "saltar" do banco, na condição de suplente, a aproximar-se do rectângulo de jogo para animar os companheiros que estavam a jogar. Isso não foi uma ou duas vezes, foram inúmeras e que lhe valeu até de certa forma alguma consideração, até das bancadas, apesar de não estar a produzir dentro de campo. Uma atitude de equipa e companheirismo. Dentro do balneário, os seus companheiros habituais Onyewu, Wolfswinkel e Matías. Curiosamente foi com este último que o episódio acabou por acontecer.
A vaia que sofreu imediatamente a seguir à grande penalidade é pesada. Alvalade estava "incendiado" pela má exibição da equipa, não gostou da atitude de Bojinov e não lhe perdoou a indisciplina para com companheiros e treinador, e para complicar o episódio, o facto de ter falhado uma grande penalidade que dava a vitória nesse jogo, também não ajudou.
A SAD reagiu rapidamente, e bem na minha opinião, e nada está relacionado com o facto de ter falhado um golo que todos queriam. A atitude de indisciplina é que vale para este episódio. E para ver isto resolvido, cabe a Domingos, que tanto acreditou em Bojinov, decidir. Tem a palavra o treinador Leonino!
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