Em vez da competitividade....
O Presidente da Liga vai propor alargamento com “liguilha” entre quatro equipas. De 16 para 18 equipas com mini-campeonato entre os 2 últimos da I Liga com os 3º/4º da Liga de Honra.
Portanto, vamos ter mais 2 equipas com 500 adeptos na I Liga. É assim que se vão gerar mais receitas?
Será que algum dia em Portugal se vai discutir o futebol com seriedade e cabimento?
edit: enquanto escrevia o post, a Antena 1 revelava que "O Boavista vai regressar à Liga principal do futebol português. O Tribunal Administrativo de Lisboa anulou a decisão de despromover o clube axadrezado."
Comentários
o dia 12 de Março será um dia triste para o futebol português, nele se vai decidir que aqueles que não têm condições para jogar dignamente uma liga profissional poderão continuar e poderão vir ainda mais. Isto é um atentado ao "produto" futebol e é mais ou menos a mesma coisa de ir à meia-laranja perguntar aos "agarrados" que por lá viviam se estariam interessados em que o produto lhes chegue em quantidade suficiente e a preços mais atraentes ou se estavam mais interessados em saber sobre a proplematica da produção de papoila no Afganistão. Quem tem de decidir não é o próprio porque ele não tem condições ou esclarecimento para decidir. Este Mario Figueiredo é um oportunista que jogou com o desespero daqueles que querem prepetuar a agonia. O futebol português tem clubes a mais, tem bancadas vazias a mais, tem cheques "carecas" a mais e estamos a afundar aquilo que poderia ser mantido e melhorado como produto de qualidade.
Quero ter uma restea de esperança e acreditar que este grupo de desesperados não comprometa uma liga profissional que deverá ser para uma elite de clubes que cumpram os requisitos e que não nos envergonhem aqueles que gostam de futebol e se sentem portugueses.
Infelizmente em Portugal tudo é discutido de forma simplório e superficial. O problema de fundo da competição não está no numero de receitas geradas, mas como essas receitas são geradas. Por ora o SCP está dentro do núcleo preveligiado, mas como Sportinguista estou atento ao que se passa, e os sucessivos ataques à instituição, por parte dos mídia visam única e exclusivamente denegrir e desvalorizar a marca SCP. Como sabem em Portugal seguiu-se um modelo onde os direitos audovisuais são negociados individualmente, isso enfraquece o poder negocial do produto como um todo, no que é que isto se traduz, temos um grupo pequeno onde os patrocínios são grandes e um grupo grande de clubes onde o dinheiro não chega! À primeira vista o certo seria encortar o campeonato para na teoria haver mais dinheiro para todos. Mas isso é uma forma simplista e errada de ver o problema. Pois ao enxugar a competição o que vamos ter é menos, jogos, menos transmissões e menos interesse. O certo seria uma liga com visão e os clubes num todo entendenrem-se quanto à divisão das receitas da TV, ao exemplo do que é feito na França, USA, ETC..!
O modelo assente no cada um por si e os outros que se fodam é bom para o Oliveira, que assim dá algum a três e quase nada aos outros. Pensem nisso!!!!!!!
eu entendo o teu ponto de vista relativamente ao processo negocial a desenvolver com os operadores como uma forma de democratizar a distribuição das receitas, mas não concordo com a abordagem pelo seguinte:
- antes de se decidir qual a formula negocial a usar, julgo que será mais importante assumir que vivemos num país macrocefalo e onde, infelizmente, para além dos 3 grandes existirão mais meia duzia de clubes com uma massa adepta que possa ser aceitável numa 1ª liga profissional, e quando se fala em primeira liga fala-se de uma elite, da nata da nata, onde não é aceitavel ver assistencias inferiores a mil pessoas, nestas circunstancias não é possivel querer ou negociar receitas, estamos a enganarmo-nos uns aos outros, caricaturando, estamos a dar dinheiro a um qualquer construtor civil que por capricho quer pôr o clube da sua aldeia na 1ª liga, mesmo que saiba que tem só 300 ou 400 pessoas disponiveis para ver e apoiar o clube.
Quanto ao numero de jogos parece-me uma falsa questão, até porque a redução de equipas abriria espaço para a reformulação da competição com por exemplo, 2 voltas a 12 e 2 voltas a 6, dá 32 jogos (+ 2 que os actuais).
A ideia não é esmagar os pequenos, seria criar uma competição com qualidade e atrativa.
Tomará eu que existisse um Ac. Viseu ou um Lusitano de Évora que como representante das suas regiões tivessem uma dimensão tal que pudessem assumir-se e lutar por uma redistribuição da receita, mas esses exemplos não existem, infelizmente, temos a estrutura social que temos e é com ela que temos de viver.
Uma medida que agradará a este governo já que põe em risco as férias de natal da liga e ainda proporciona um "boxing day" lusitano.
Há mais 12 jogos nocturnos do Benfica, Sporting e Porto para serem transmitidos pela TV (com o aumento do iva para 23% na conta da electricidade imaginem quando o estado encaixará); mais duas equipas para colocar jogadores e treinadores, mais jogos-treino de preparação de uma certa equipa para a liga dos campeões ao invés de mais dois ossos duros de roer no encalço de outros candidatos ao título. Mais malas cheias de massa para oferecer (o que estimula a economia e o poder de compra dos jogadores); mais duas equipas que preferem jogar no seu quintal de 2000 ou 3000 lugares com preços exorbitantes do que levar a festa para palcos de 20 ou 30 mil lugares quando jogam com os grandes. Viva a sétima liga mais forte do século XXI. abraço.