Sporting 1-0 Paços de Ferreira
imagem: Lusa |
Primeiro jogo de Sá Pinto em Alvalade, primeira vitória. Sem apresentar qualidade desejada no jogo, parece-me impossível ainda nesta altura, mas a conseguir o objectivo principal que passava pela conquista dos 3 pontos.
O Paços de Ferreira apresentou-se em Alvalade com dois figurinos completamente distintos. Na primeira parte um "autocarro" bem estacionado na área, na segunda a soltar-se dada a intranquildiade Leonina e essencialmente à base das perdas de bola por parte dos jogadores do Sporting. Foram demasiadas.
Ainda assim é sintomático que a primeira grande oportunidade do jogo tenha sido da equipa adversária. A posse de bola do Sporting, que chegou a ser de 70%, era ineficaz com pouca progressão ofensiva. Percebeu-se que umas alterações tácticas de Sá Pinto foi a forma de Elias e Schaars se aproximarem mais do pivot, mas continua a ser um problema a transposição de jogo para o ataque. Tudo muito lento, muitas lateralizações e abusaram dos passes para Patrício. Na primeira parte ainda se ouviram alguns assobios para essa postura. No flash interview, Sá Pinto deu a entender que a construção de jogo leva tempo, mas que sente algumas melhorias. Digo que na próxima quinta feira vamos precisar bem delas.
À falta de grandes lances ofensivos, foi de bola parada que nasceu o golo da vitória. Schaars marcou o livre e Ricardo fez auto golo após mau alívio do guardião pacense Cássio. Aos 35 minutos o Sporting chegava à vantagem sem muito ter feito. Ainda assim, o Paços na primeira parte não abdicou dos 11 homens atrás da bola, um castigo perfeito!
Ainda houve tempo para uma contrariedade, Onyewu lesionado saiu e Carriço entrou em jogo.
Na segunda parte, com 28 mil a ver o jogo, Sá Pinto voltou a apostar em André Santos para o lugar de Rinaudo (que tinha sofrido um toque) e Pereirinha já antes tinha entrado para o lugar de Izmailov. Do russo convém reforçar que é no meio campo, ali mesmo no centro do terreno a apoiar o ataque que ele se sente confortável, encostá-lo a uma lateral é quase como "cortar-lhe" uma perna (passe algum exagero). Até ao nível do remate, Izmailov tem tido poucas oportunidades para mostrar algo que tão bem costuma fazer.
Entretanto Ricardo volta a ser decisivo na partida com uma grande penalidade. Parece forçada, mas aquela posição de "toureiro" de cotovelos bem levantados não ajudou e terá sido a base da decisão. Wolsfwinkel chamado a converter falhou com Cássio a sair-se bem ao lance, já estava na linha da pequena área ainda nem o holandês tinha rematado. Vale a pena recordar a CAN e impor-se o que aconteceu nesta competição com as grandes penalidades.
Aos 71 minutos surge Patrício, é já um clássico no Sporting deste ano. A qualquer altura do jogo, o nosso guarda redes é chamada a mostrar a qualidade que neste momento o torna o melhor guarda redes nacional. Boa notícia para nós e para a Selecção com vista ao Euro 2012.
Entretanto o árbitro da AF de Braga, o segundo consecutivo a apitar jogos para o campeonato, deveria ter marcado nova grande penalidade, desta vez sobre João Pereira, entendeu que foi fora de área. Até ao final do jogo nada de muito relevante se passou.
Melhor o resultado que a exibição, já referido em cima, foram conquistados os 3 pontos e Sá Pinto até já venceu tanto como Domingos em 2012. Convém recordar que no início desta partida no encontrávamos a 11 pontos do Braga e a 3 do Marítimo, os mesmo que renovaram as suas equipas.
Uma nota final para o flash interview de Sá Pinto. Calmo, muito objectivo e sério quando o jornalista se referiu aos assobios dos adeptos, e Sá respondeu, "claro que compreendo, eu como adepto do Sporting também quero que a equipa jogue mais". É isto!
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