Algumas notas da Assembleia Geral do Sporting

Acabo de chegar da Assembleia Geral do Sporting que decorreu em Odivelas. Foram 500 os Sportinguistas que votaram nos 3 pontos que foram a discussão nesta longa noite que durou aproximadamente 5 horas.

Além da presença muito interessante em número de sócios Sportinguistas, constatou-se que a discussão mesmo havendo partes claramente opostas, pode ser saudável e democrática.

O ponto nº1 e mais importante que foi a votação, a fusão, foi aprovado com 72% dos votos. Não interessa o meu sentido de voto, em consciência votei no que me pareceu melhor para o futuro do clube. Mas, da discussão deste ponto, aquele momento em que os sócios têm 3 minutos para se dirigirem à Assembleia, deu para perceber algumas alterações de comportamento nas diferentes facções.

Nos últimos tempos, há sempre a ideia que a oposição, ou quem faz oposição à actual Direcção deve apresentar alternativas. Curiosamente, e sim, era inevitável não falar de Bruno de Carvalho, quando foi chegada a sua intervenção, apresentou primeiro aos Sportinguistas o seu sentido de voto, contra, e entregou à mesa da assembleia geral um investidor para o clube, um fundo americano no valor de 70 milhões de dólares. 

Nas diferentes opiniões que foram passando ao longo da noite, destaco a de uma Leoa, do qual não me recordo o nome (foram duas a falar, esta foi a segunda) que de forma muito cordial, correcta e sustentada explicou porque todo este processo não decorreu no sentido em que todos os sócios pudessem compreender a natureza da operação que iria ser votada esta noite. Mas do que ser a favor ou contra, foi uma intervenção lúcida que contrastou com as diferentes posições, porque foi capaz de mostrar à sala, e isso percebeu-se nos aplausos que recebeu, que muitos dos presentes não sabiam bem o que efectivamente iriam votar!

Quanto aos pontos seguintes da votação, o nº 2 passou por aclamação e o nº3 passou com alterações, mais uma vez, propostas por Bruno de Carvalho.

Na parte final da Assembleia Geral, aquele momento em que os sócios podem falar sobre os diferentes assuntos, houve tempo para uma intervenção de Paulo Pereira Cristóvão, onde reiterou tudo o que tinha dito há poucos dias na entrevista ao Record (e pelos vistos o que tinha dito no Conselho Leonino), para nova intervenção de Bruno de Carvalho numa resposta a PPC ainda remetendo ao assunto das eleições mas tudo dentro da cordialidade e ainda para mais alguns sócios manifestarem as suas opiniões, com destaque para um sócio que pediu à Direcção o corte de relações com o Marítimo e o Nacional, sendo efusivamente aplaudido pela sala!

Independentemente dos resultados, que não agradarão a todos, os sócios que estiveram presentes votaram e decidiram!

Comentários

solez disse…
Muito bom esclarecimento para quem não esteve lá! Parabéns.

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