Sporting 2-1 Gil Vicente


Vitória justa conquistada com muito coração.

Vamos os pormenores. Alvalade esteve ontem com mais de 25 mil espectadores, num ambiente que durante os 90 minutos mostrou que a equipa não pode nunca queixar-se de falta de apoio. Incentivados por todos os sectores do estádio e até dos habituais "assobiadores" do Ricky que ontem puderam bater palmas e até verter uma pequena lágrima depois de tanto sofrimento.

Sá Pinto que durante o fim de semana foi deixado ao abandono, numa série de ataques pessoais em que o mais marcante, o de supostos problemas com os jogadores, no final do jogo fez questão de cumprimentar de forma entusiástica um a um, e como dizia um companheiro de bancada "tinha de ser muito teatro para aquilo não ser sentido". E nem falo dos festejos do segundo golo com a equipa toda abraçada como que mostrando que os resultados podem não ser os desejáveis, mas há ali sentimento de grupo, que não pode passar indiferente à crítica fácil.

Quanto ao jogo. Podíamos começar a falar das diferenças tácticas súbitas e repentinas efectudas pelo Sá Pinto, jogadores de saíram de titularidade para o banco, que fizeram o caminho inverso, de apostar praticamente as "fichas" todas no ataque desgovernando por completo a defesa. Friamente haverá muito a dizer, mas prefiro nesta altura fixar-me naquela que foi a primeira vitória para o campeonato. Nisso e no que ma parece a real diferença dos outros jogos.

Patrício já o sabíamos e continua a demonstrar, um dos melhores da europa. Izmailov regressou e aos poucos, mantendo-se sem lesões vai continuar a valer o bilhete que se paga, e depois Rinaudo. O argentino é um jogador que corre o campo todo, com a mesma intensidade, sai a jogar com a cabeça levantada, e ontem quando o Sporting apostava tudo no ataque, foi importante para a acção defensiva e para a liberdade que outros jogadores precisavam para auxiliar os que lá na frente tentavam quebrar o "autocarro" do Gilé!

Correu bem. Foi emotivo, houve esforço, dedicação, devoção e vitória. Há muito caminho pela frente, e há certamente um caminho que Sá Pinto terá de percorrer nos próximos dias para comparar os diferentes figurinos de Sporting que foi apresentado ao longo destes últimos 7 jogos. E pensar, não muito, porque há já um jogo para vencer em Alvalade no sábado e uma deslocação ao Dragão. Deixa para o fim, algo que só vi em casa. Um abraço de Duque, sentido, a Sá Pinto, onde o treinador que tinha sido deixado ao abandono nos últimos dias, soltou umas lágrimas. O treinador do Sporting mostrou naquele gesto natural que pode não ser o treinador que muitos desejam, e tem ainda muito que provar, mas pelo menos não está ali apenas pelos cifrões que caiem no final do mês. Não chega? Não. Mas ajuda!

Comentários

Jalex disse…
Na verdade Sá Pinto é que agarrou Duque antes que este pudesse ter alguma reação.

Foi um acto inteligente.

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