O corte de relações com o Porto vem atrasado, mas a tempo!
Não sou favorável, por norma, ao corte de relações entre os clubes.
Não é isto que nos vai trazer títulos, taças, melhor futebol. Não!
Mas há quanto anos andamos a pedir isto? Sinceramente...há muitos. Se tivermos de escolher uma data, Fevereiro de 2004, naquele dia em que a camisola do Sporting, um símbolo máximo da nossa identidade foi rasgada na nossa casa, podia e devia ter sido suficiente para um corte de relações duradoro. Forte e sem flexibilidade!
Mas podíamos escolher outras alturas, como por exemplo quando Paulinho foi insultado por Pinto da Costa, nas célebres escutas. Não é preciso um tribunal para invalidar o que ouvimos. Aquilo foi real.
E podíamos, e devíamos lembramo-nos sempre do Apito Dourado, das ligações à "escuridão" do futebol Português, dos lamentos de Lourenços e Adrianos Pintos. E tantas, tantas outras situações.
O corte já vem atrasado.
Também digo já que desejo que isso se mantenha eternamente? Não. Quero apenas que o Sporting seja respeitado e que acima de tudo haja uma Direcção Leonina que defende a nossa identidade!
Não posso deixar de falar das reacções ao corte. Os sócios/adeptos do Sporting são unânimes e reagiram de forma muito positiva. Tudo isto é tão óbvio, que não há lugar às diferenças que ainda resistem das eleições.
Mas claro, não podia faltar um ex-Presidente que pensa que isto ainda tem a ver com Bruno de Carvalho, falo, pois claro, de Dias da Cunha. Não ficou contente. Espanta-me que aquele que um dia foi o rosto da mudança no paradigma e disse na televisão quem eram os rostos do sistemas, tenha ficado tão incomodado. Dar-lhe um microfone é por estes dias uma perda de tempo.
O corte vem tarde. O corte foi um aviso, principalmente com maior enfoque para o Sportinguistas que para os outros. Continuar a discutir isto não serve mais do que para encher os jornais de notícias e boatos. Foi bem aplicado.
Quem quer respeito tem de saber respeitar, e o Porto nos últimos anos não o tem feito!
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