Sporting 1-1 Benfica :: derby, esse amor eterno!


É preciso ser-se muito estúpido para se achar que no final do jogo, os fiéis adeptos Leoninos estavam a festejar um empate. Raramente fico muito tempo no final do jogo para lá do apito final, os agradecimentos normais dos jogadores na Bancada Sul e depois sigo o meu caminho. Ontem foi diferente. Foi contra o Benfica, mas podia ter sido contra o Arouca. A equipa deixa tudo em campo, é o mínimo que se pede a quem veste aquela camisola. O nosso reconhecimento foi o que aconteceu nos minutos seguintes ao apito do árbitro.

Viveu-se ontem uma grande jornada de Sportinguismo. Objetivamente? Segunda maior casa em jogos oficiais para o campeonato. Ajudava o facto de estarmos no primeiro lugar à partida para este jogo? Claro. E jogar contra o Benfica? Um derby é, e não me canso de repetir, o jogo mais apetecido da época. Vivem-se emoções que em nenhum outro jogo isso acontece. Obviamente, que vale apenas 3 pontos, mas era impossível ser de outra forma.

Quem estava frente a frente antes da partida se iniciar? Duas equipas em trajetórias completamente distintas. O Sporting, equipa praticamente renovada  e começada do zero, com uma base muito forte de jovens jogadores, a querer mostrar contra um adversário mais forte que é possível fazer um campeonato interessante. Do outro lado, um Benfica forte, ainda sem ter encontrado o seu caminho, mas claramente um candidato ao título com argumentos, que para já, o nosso clube ainda não tem.

Por isso o jogo foi como foi. Uma primeira parte totalmente dominada pelo Sporting, mas com poucas ocasiões de jogo. Montero a marcar, não deixando dúvidas da sua qualidade. Calaram-se também muitos críticos quando vêm com a história dos jovens que tremem nestes jogos e que a responsabilidade acrescida os condiciona. Não se viu isso. Diria apenas que ao lado do jogo, ontem passaram Carrillo e Wilson Eduardo.

Faltou-nos discernimento, mais controlo sobre o jogo para ainda na primeira parte, quem sabe, determinar o vencedor do jogo.

Não aconteceu. A segunda parte começa com uma história completamente nova. O Benfica mais forte, com outras soluções, digo-o e mantenho-o, a empurrar o Sporting que, durante 20 minutos não pressionou, Leonardo Jardim demorou a mexer e sem ajustar o esquema táctico e fundamentalmente sem retirar de jogo as peças que estavam com fraco rendimento. O golo do Benfica aconteceu num momento em que o Sporting parecia estar a jogar em inferioridade numérica.

O Sporting reagiu. Talvez um pouco tarde. Os últimos minutos foram novamente intensos, dá a sensação que entre o golo do Benfica e o início de uma ponta final onde procuramos vencer o jogo, havia pouco fulgor físico. Durante esse período, alguns jogadores estavam rebentados fisicamente. 

A vitória do Sporting ficava-nos bem. E diria que dominamos mais tempo de jogo que o Benfica nos 90 minutos, a estatística também o confirma, mas só contam as que entram. 

Bons indícios para o futuro? Gosto do rumo que a equipa está tomar. Base fiel de jovens jogadores, que acreditam que estão no melhor clube do mundo. Depois acrescentam-se jogadores experientes e que tragam qualidade ao jogo. Para já está resultar. Não vencemos nada, mas conquistamos jogo após jogo uma equipa. Algo que anda perdido há alguns anos!

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