Marítimo 1-3 Sporting :: Mané, Sir William e Leonardo!

Reuters, Duarte Sá

Vitória importantíssima na Madeira sobre o Marítimo por 3-1. Era fundamental vencer o jogo após os 3 pontos conquistados sobre o Porto, e que representa neste altura a nossa principal ameaça no campeonato nacional, na luta pelo segundo lugar.

Sem André Martins, lesionado, e com Shikabala na lista de convocados, Leonardo Jardim tinha de arranjar nova solução para o meio campo. O egípcio estava à vista de todos que iria ser o 19º elemento e ver o jogo da bancada. Mané no meio do terreno a apoiar Slimani seria certamente o mais ajustado a fazer, até tendo em conta as boas indicações que este esquema deu no clássico do fim de semana passado.

O Sporting começou bem, entrou forte com Heldon de regresso à titularidade e a uma casa que bem conhece. Não demorou muito até que o Sporting marcasse o primeiro. No segundo lance perigoso do ataque leonino, aos 3 minutos, Mané a ser derrubado na grande área. Adrien da marca dos 11 metros a fazer o primeiro golo.

Nessa altura pensei que o mais complicado estava feito. Marcar cedo, e primeiro, colocar mais pressão sobre o adversário e gerir o jogo procurando dilatar a vantagem. Saiu tudo furado. Pelo menos nos minutos seguintes. Na primeira e única vez que o Marítimo rematou à baliza de Patrício na primeira parte, empatou a partida. Um golo, que apesar da boa jogada, parecia um lance de treino com a equipa do Sporting a ver jogar.

Seis minutos de jogo e dois golos!

O Sporting continuou a comandar o jogo. Aliás, praticamente só deu Sporting na primeira parte. As alas ora por Capel, ou Heldon, ou até por Jefferson, rapidamente conseguiam com facilidade ganhar espaço para colocar a bola na área. O problema? É que grande parte deles estava a sair com força a mais ou completamente desviadas. 

Mané começava a dar sinais de enorme maturidade ofensiva. Bons passes, boas desmarcações e boas incursões. Mas apesar disso tudo, e de estar bem apoiado por William Carvalho, que nem começou bem o jogo, o raio do golo teimava em aparecer.

Foi preciso esperar até ao minuto 38 para que Sir William colocasse a bola na baliza do Marítimo. Depois de marcar com a cabeça, com o pé esquerdo, agora na Madeira de pé direito colocou o resultado em 2-1 para o Sporting. Até ao intervalo nada se alterou. O resultado aceitava-se!

Reuters, Duarte Sá


Na segunda parte o Sporting volta a começar bem. Primeiro Heldon, depois Slimani, que tinha estado um pouco apagado na primeira parte, com boas oportunidades para fazer o terceiro. O do descanso. Que teimava em acontecer. 

O Sporting foi adormecendo com a magra vantagem, o Marítimo sem apresentar grande qualidade no seu futebol começou a acreditar que era possível o empate. Soltou-se mais, aproximou-se da baliza de Patrício com facilidade, mas não conseguia marcar.

O jogo só iria mudar aos 72 minutos quando Leonardo mexeu. Um pouco tarde diria, até porque a partir das alterações que fez, não mais o Sporting perdeu o controlo de jogo. Primeiro entrou Carrillo, depois Montero, até que aos 85' Jeffeson naquele seu jeito característico de quem tem mais 2 pulmões e 1 coração que um normal jogador arranca por ali fora e marca o terceiro. 

Xeque-mate. Os três pontos já estavam a caminho de Alvalade!

Vítor ainda entrou para o lugar de Slimani, que, minutos antes viu um golo ser anulado porque a assistência de Montero foi com o pé em riste. Enfim...mais um lance duvidoso.

Jorge Sousa, o árbitro, não teve influência no resultado jogo, a grande penalidade é limpinha, mas amarelou tanto os jogadores do Sporting que a certa altura o jogo parecia entre o Marítimo e o Estoril.

Terminar com uma nota final sobre Leonardo Jardim.

É um chavão, ou um "outra vez isso", mas gostava muito que Leonardo Jardim continuasse por muitos e bons anos no Sporting. Sim, uma espécie de Alex Ferguson. Digo isto porque tem mostrado qualidade no trabalho que apresenta e uma coerência enorme quando fala que é absolutamente fantástico tê-lo como treinador.

No passado nunca acreditei nesta tipo de soluções. Construir uma equipa com um treinador sólido, claro que dependente dos resultados, mas não só. Mas nesse passado isso seria quase impossível, talvez esta direcção consiga trazer a calma e paz necessária para se iniciar uma operação desta natureza. Era bom sinal!

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