O primeiro dia do Record sem manha!


João Querido Manha deixou de ser director do jornal Record. Oficialmente soube-se ontem, curiosamente vi essa notícia no twitter do ex-director Alexandre Pais. Durou 13 meses um reinado de manha. Uma inevitabilidade, diria!

As vendas e a estratégia editorial seguida por João Querido Manha terão sido as principais razões para ser demitido. António Magalhães sucede-o como novo director, co-adjuvado por Bernardo Ribeiro e Nuno Farinha. Os dois primeiros são do Sporting, o outro do Benfica.

Apesar de ter esboçado um sorriso com a saída do agora ex-director, não sou dos que vivo bem com os infortúnios dos outros, mesmo que tenham contribuído e muito para isso. O jornal Record já teve um papel importante no jornalismo desportivo português, e é isso que se pede a estes órgãos de comunicação social: crítica e imparcialidade. Que o dinheiro que os leitores gastam seja uma mais valia. 

Hoje em dia têm de lutar muito por isso. O mundo digital em que vivemos obrigou-os a alterar a forma como chegam aos leitores. É fácil na internet encontrar o jornal do dia sem se pagar. Daí que, por exemplo o Record, tenha criado uma subscrição Premium, alterado a forma como se acompanham os jogos ao vivo, contratado novos colaboradores que trouxeram excelentes análises, e ainda assim não conseguiu subir as vendas, ao contrário por exemplo do O Jogo.

Um director com uma agenda bem definida, principalmente para nos prejudicar, e constantes editoriais de baixo nível jornalístico, conseguiram ter mais preponderância que todos os outros elementos que foram sendo criados para melhorar o jornal!

Como dizia no dia em que se soube da demissão de Manha, há bons profissionais no Record que não mereciam este director. Mas a grande questão nos próximos dias é perceber se a actual equipa directiva vai conseguir impor a sua dinâmica sem que, quem manda neles, o grupo Cofina, determine as regras do jogo e tudo continue na mesma!

Comentários

Liga dos Mancos disse…
Caro BdL
É com alguma expectativa que aguardo esta nova linha no Record que de facto já foi um jornal de referência e que era um "raio de sol" entre os facciosismos assumidos d'O Jogo e d'A Bola. por muito que digam que o Record era (?) "do" Sporting, eu prefiro antes que seja acima de tudo isento.

SL

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