A vida de uma pessoa não é folclore!
O assunto quente dos últimos dias é o corte de relações entre Sporting e Benfica.
Como dizia o Jack the Ripper, vamos por partes.
As tarjas? A estupidez existe em todo o lado. Do nosso lado, do lado deles, de outros. É, e será sempre assim infelizmente, e não creio que as multas façam alguma coisa. O problema é mais profundo e só uma estratégia séria da Liga, e do Governo, provavelmente, poderia ajudar a encontrar uma solução. Em Inglaterra as coisas melhoraram.
O que de grave aconteceu então no domingo? Simples. As tochas que foram atiradas para um local onde estavam pessoas que, até podiam ser das mesmas cores que os que atiraram. Relembrando episódios bem tristes como o que aconteceu em 1996 com very-light.
O que fez o Benfica para repudiar isso? Nada. E já lá vamos.
Quando no Estádio da Luz adeptos do Sporting queimaram a bancada da Luz, o Sporting repudiou, lamentou, avisou que aquilo não era o Sporting e pagou os danos.
Voltando à pergunta anterior, o que fez o Benfica para repudiar a acção na bancada norte? Nada. Pelo contrário, o boçal Gabriel, que já andava calado desde os célebres 40 mil bilhetes, atirou um "voltou o folclore".
O folcore, ou o circo que que esse senhor fala passa pela desresponsabilização do acto. Permite que os adeptos do seu clube se riam, escrevam um monte de nada e vibrem com tais actos ainda inebriados pelo empate conseguido.
Se sou a favor dos cortes de relações entre clubes? Por norma não sou. Normalmente os assuntos são sempre cheios de telhados de vidro, mas neste caso em particular, uma atitude mais digna da direcção encarnada tinha sido positiva.
Isto não vai dar em nada, muda o disco e toca o mesmo no próximo derby até que, infelizmente volte a acontecer um novo Rui Mendes!
Comentários