Sporting 2-1 Benfica :: ligaram ao 112 e apareceu Slimani!


Que grande vitória no derby de todas as emoções e vão três este ano, em apenas três meses e todas elas sem oferecerem contestação quanto ao vencedor. Ontem, ligaram ao 112 e apareceu o Slimani. Mas já lá vamos ao jogo.

Há muito tempo que não me divertia tanto com um jogo ou um dia bem passado de Sportinguismo. Escolhi avançar para o derby no Comboio Verde organizado pelo Sporting e diferentes núcleos do país. Em boa hora escolhi esta opção e o meu muito obrigado ao Solar do Norte por mais uma festa durante mais de 16 horas desde que saímos de Campanhã. Foi uma loucura!

O Sportinguismo tem muito a ganhar com estas iniciativas e só lamento que cheguem tarde ao clube. Mas em boa hora chegaram. Juntar adeptos de diferentes pontos do país, colocá-los numa viagem onde se vive e transpira Sporting, com comida e bebida de todos os tipos, névoas tradicionais e festa. Muita festa!



A confiança para este derby estava em alta. É normal e não podia ser de outra forma, mesmo tendo em mente que um jogo destes é sempre de tripla. O Sporting tinha jogado duas vezes contra o Benfica esta época, duas vitórias, 5 golos marcados e nem um sofrido. A continuação na Taça de Portugal, nas condições actuais, era quase uma obrigatoriedade.

Alvalade esteve bem composto, mais de 41 mil adeptos, mas é preciso fazer uma pequena crítica. Com bilhetes a preços acessíveis, o jogo a uma hora bastante mais aceitável que uma qualquer sexta, domingo à noite ou segunda, com condições especiais de deslocação, com o Sporting a jogar bem, líder no campeonato, contra o eterno rival, merecia uma casa esgotada. Não se conseguiu. Não me venham com crises, este é um jogo que muitos devem escolher quando só podem ou têm possibilidade de ver um único jogo em Alvalade. São jogos da vida, emoção e que, independentemente do resultado, ficam gravados na nossa memória para sempre. Pelo jogo e pelo dia de convívio a todos os níveis!

O Sporting entrou em campo com a novidade Montero. Jorge Jesus apresentou o colombiano na frente ao lado de Slimani. Não correu bem, mas tudo podia ter sido diferente se o primeiro lance do Sporting aos 4 minutos tem entrado. Tenho para minha convicção que se marcássemos esse golo, partíamos para uma vitória histórica.

Na resposta o Benfica marcou um golo. No único remate que fizeram até perto dos 70 minutos. Foi isto o Benfica em quase três quartos do encontro de 120 minutos!

O Sporting soube reagir bem à vantagem inicial do Benfica. A equipa atravessa um momento de confiança único e que não se via em Alvalade há muito tempo. Os adeptos não receiam e acreditam que, com calma, com o nosso jogo, a reviravolta iria ser conseguida. A dúvida estaria na possibilidade de ser durante os 90 minutos ou só no prolongamento. Ninguém quereria ir às grandes penalidades, mesmo tendo nós Rui Patrício entre os postes.

Mas a reacção forte do Sporting só veio na segunda parte. Dominámos os primeiros 45 minutos, mas rematámos pouco. Foi a combatividade de Slimani, num lance que para muitos estaria perdido, que Adrien, com uma calma fundamental empatou a partida. Estava resposta alguma justiça no marcador, importante para avançar para o jogo de outra forma.

A segunda parte começa com Gelson em campo. Era inevitável que o Sporting imprimisse velocidade e capacidade criativa na frente. Eliseu ainda hoje deve estar baralhado com o bailando do nosso jovem jogador.



O Sporting na segunda parte foi empurrando o Benfica para a sua área. Mas o golo não surgia e Jorge Jesus perante a possibilidade séria e real de prolongamento foi deixando as duas substituições que tinha para mais tarde, cada vez mais tarde a pensar no 30 minutos extra.

Os jogadores do Sporting sabiam que iam marcar o segundo golo, sentia-se, previa-se, mas, havia alguma fogosidade na forma como o queriam conseguir. Aqueles dois lances finais ainda antes do prolongamento, em condições normais, tinham dado golo. Claro que houve uma grande defesa de Júlio César pelo meio.

O prolongamento chegou e era preciso evitar a lotaria das grandes penalidades. Jorge Jesus que tinha poupado substituições, ao contrário do seu homólogo, viu o azar bater-lhe à porta com duas alterações forçadas, as saídas de Jefferson e Ewerton para entrar Esgaio e Tobias. O Sporting nunca tremeu com as mexidas. Sólidos como rochas, os jogadores continuaram o assalto à fortaleza do Vitória.

Até que aos 112 apareceu Adrien primeiro, em mais um grande remate à baliza de Júlio César e depois Slimani, sempre ele numa fé absolutamente notável a colocar finalmente a justiça no marcador. A partir daqui já ninguém acreditava num outro desfecho que não a vitória do Sporting.

Foram 8 minutos de festa, a lembrar o derby do ano passado onde marcámos perto do final, só que desta vez não há vitórias morais e os jogadores não facilitaram.

A terceira chegou mesmo e o Sporting seguiu em frente.

Viva o Sporting Clube de Portugal!


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