Doyen: antes e depois. E agora?
Hoje ficou conhecida a primeira decisão, e que até pode ser final, do caso Sporting vs Doyen. Há umas semanas atrás, quem lesse Bruno de Carvalho, percebia entre as linhas do seu discurso, que estaria a adivinhar o que se iria passar hoje. Contrariamente ao que pensaria há uns meses.
Vamos recuar até Agosto de 2014 quando me pronunciei sobre este caminho seguido e decidido pela Direcção do Sporting:
"Não vale a pena lançar, nesta altura, mais gasolina para uma fogueira que já arde bem alto. A Direcção do Sporting tomou um caminho que é perigoso, óbvio, e afrontou um importante grupo. Muitos dirão que está a defender o clube de forma intransigente e que acima do Sporting, ninguém.
O Sporting tem utilizado este instrumento e nós adeptos, que agora até podemos estar a favor desta ruptura, também somos responsáveis porque queremos viver acima das nossas possibilidades.
Para já, e até prova em contrário, defendo que o Sporting não pode ser sempre prejudicado, se a ruptura trouxer uma nova abordagem, principalmente financeira, já será bom e útil ao futuro da nossa centenário instituição."
Concordei, também, com uma importante frase do comunicado que AAS, Associação de Adeptos Sportinguistas, na altura emitiu, nomeadamente, "Os fundos de investimento são instrumentos que permitem aos clubes viver acima das suas possibilidades. Esse não é o modelo que defendemos para o futebol."
O Sporting, antes da chegada desta Direcção, era criticado pelos constantes maus negócios que estavam a ser efectuados diariamente. Todos se lembrarão disso. Houve, já com Bruno de Carvalho ao leme, antes da venda de Rojo, bons sinais que estariam a ser defendidos os interesses do clube e uma mudança clara de paradigma: Bruma, Illori e até Dier, foram exemplos. Mais tarde, até Shikabala.
Do passado, nunca me esquecerei da venda do nosso capitão ao rival Porto, falámos de Moutinho, ou do negócio Pongolle, contratos Labyad e por aí fora.
Então o que significa o momento que hoje atingimos?
Se não afrontássemos a Doyen, o Sporting iria pagar 12 milhões de euros, tendo por base a venda que foi efectuada com o Rojo.
Mas o caminho seguido foi outro, e, contrariamente aos bipolares que hoje mandam vir com este problema, da mesma forma que a seguir à derrota com a União afirmam que tudo está mal, mas semanas antes na vitória diante do rival andavam eufóricos, terá sido um caminho de risco que valeria sempre a pena percorrer. É importante não esquecer isso.
Sabemos hoje muito mais sobre os malefícios da Doyen que há uns meses atrás, inclusive, até já caiu um Presidente de um clube porque, um certo site, decidiu colocar a Doyen nas suas prioridades. Mas a realidade é que há uns meses atrás, poucos quereriam saber da verdadeira dimensão deste "polvo" do futebol internacional.
Com a decisão do TAS, o Sporting tem neste momento a pagar como extra os juros do valor decidido como pena, entre 3 e 4%, calculados num período de tempo que já passará os 6 meses. Diria que o risco terá valido a pena, acreditando que a Direcção Financeira contemplou esta decisão e que esta não irá influenciar os próximos orçamentos e até o fair-play financeiro da UEFA.
A grande decisão é, neste momento, outra.
Valerá a pena recorrer para o Tribunal Federal Suíço?
A suspensão do pagamento, por norma, acontece quando se avança para o recurso, mas as decisões raramente são favoráveis, neste caso, contrariando a decisão do TAS, o que a bem dizer, poderão acarretar mais custos para o Sporting, pois os juros irão continuar a aumentar. Uma decisão deste tribunal poderá andar entre 6 meses e 1 ano e cabe agora ao Sporting pensar bem naquilo que será o seu caminho após conhecer este primeiro embate.
A guerra não está perdida, perdemos uma batalha, mas será para mim muito importante que, qualquer que seja a decisão do clube, não nos obrigue a voltar a um orçamento dimunto para o futebol por causa da Doyen.
A hora é complicada, eu, como sócio, sinceramente não tenho uma resposta, até porque não conheço todos os dados, mas a Direcção do Sporting terá de fazer uma jogada muito ágil que não nos prejudique e nos faça descer a outros tempos, bem próximos e que nos demorou a livrar!
Diria que a primeira parte do caminho valeu a pena, enquanto risco, o que se seguirá é uma completa incógnita!
O Sporting, antes da chegada desta Direcção, era criticado pelos constantes maus negócios que estavam a ser efectuados diariamente. Todos se lembrarão disso. Houve, já com Bruno de Carvalho ao leme, antes da venda de Rojo, bons sinais que estariam a ser defendidos os interesses do clube e uma mudança clara de paradigma: Bruma, Illori e até Dier, foram exemplos. Mais tarde, até Shikabala.
Do passado, nunca me esquecerei da venda do nosso capitão ao rival Porto, falámos de Moutinho, ou do negócio Pongolle, contratos Labyad e por aí fora.
Então o que significa o momento que hoje atingimos?
Se não afrontássemos a Doyen, o Sporting iria pagar 12 milhões de euros, tendo por base a venda que foi efectuada com o Rojo.
Mas o caminho seguido foi outro, e, contrariamente aos bipolares que hoje mandam vir com este problema, da mesma forma que a seguir à derrota com a União afirmam que tudo está mal, mas semanas antes na vitória diante do rival andavam eufóricos, terá sido um caminho de risco que valeria sempre a pena percorrer. É importante não esquecer isso.
Sabemos hoje muito mais sobre os malefícios da Doyen que há uns meses atrás, inclusive, até já caiu um Presidente de um clube porque, um certo site, decidiu colocar a Doyen nas suas prioridades. Mas a realidade é que há uns meses atrás, poucos quereriam saber da verdadeira dimensão deste "polvo" do futebol internacional.
Com a decisão do TAS, o Sporting tem neste momento a pagar como extra os juros do valor decidido como pena, entre 3 e 4%, calculados num período de tempo que já passará os 6 meses. Diria que o risco terá valido a pena, acreditando que a Direcção Financeira contemplou esta decisão e que esta não irá influenciar os próximos orçamentos e até o fair-play financeiro da UEFA.
A grande decisão é, neste momento, outra.
Valerá a pena recorrer para o Tribunal Federal Suíço?
A suspensão do pagamento, por norma, acontece quando se avança para o recurso, mas as decisões raramente são favoráveis, neste caso, contrariando a decisão do TAS, o que a bem dizer, poderão acarretar mais custos para o Sporting, pois os juros irão continuar a aumentar. Uma decisão deste tribunal poderá andar entre 6 meses e 1 ano e cabe agora ao Sporting pensar bem naquilo que será o seu caminho após conhecer este primeiro embate.
A guerra não está perdida, perdemos uma batalha, mas será para mim muito importante que, qualquer que seja a decisão do clube, não nos obrigue a voltar a um orçamento dimunto para o futebol por causa da Doyen.
A hora é complicada, eu, como sócio, sinceramente não tenho uma resposta, até porque não conheço todos os dados, mas a Direcção do Sporting terá de fazer uma jogada muito ágil que não nos prejudique e nos faça descer a outros tempos, bem próximos e que nos demorou a livrar!
Diria que a primeira parte do caminho valeu a pena, enquanto risco, o que se seguirá é uma completa incógnita!
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