Marítimo 2-1 Sporting :: colapso!
foto: Hélder Santos |
Infelizmente, não vale a pena falar muito do jogo, daquele que aconteceu no relvado, onde jogadores e equipa técnica tinham responsabilidades para fazer muito mais, mas que frustou tudo e todos.
Nos últimos 3 jogos da Liga Portuguesa, já sem a carga de jogos a que foram submetidos os jogadores ao longo da época, o Sporting realizou 3 exibições miseráveis. Principalmente nos últimos dois encontros. Uma equipa que tinha passado a depender de si para conseguir o único objectivo possível e garantir o orçamento para a próxima época, desiludiu tudo e todos, mais uma vez, chegando mesmo a deixar no ar a tentação de justificação do que se passou em campo com teorias que, nesta altura, não pensaria ser possível sequer equacionar.
Jorge Jesus é o principal culpado da época falhada do Sporting. A Taça, a possível vitória na Taça, não esconderá, nem será suficiente para apagar o mau desempenho da equipa na temporada 17/18. Estou particularmente à vontade para falar do nosso treinador porque fui defensor dele nestes 3 anos que está à frente do destinos do Sporting. Mas, neste momento, é impossível defender a forma como tudo se precipitou.
Bem sei que nesta altura é sempre fácil criticar o treinador. É fácil lançar a acha para a fogueira que desde ontem começou a arder e, em lume brando, cozinha a sua saída. É fácil porque os treinadores são os primeiros a sofrer. É mais fácil despedir um treinador, que limpar meia dúzia de jogadores que não fizeram mais que número ao longo da época, ou que mudar de Presidente.
Por isso, no final do jogo, ontem, disse que Jorge Jesus, certamente não o fará, mas devia ter colocado o seu lugar à disposição da direcção do Sporting. Independentemente do resultado no Jamor, apresentar a demissão era o único passo certo.
Se a Direcção aceitasse ou não era outra coisa. Não o digo por este 3º lugar, digo-o pelos resultados acumulados na Liga nestes dois últimos campeonatos e pelos valores envolvidos.
Claro que todos conhecemos o estilo de Jorge Jesus e ele não o fez, nem iria fazer. Mas, se tivesse o amor ao Sporting como tantas vezes apregoou, fazia-o. Sinceramente!
Ninguém está imune às críticas. Bruno de Carvalho é o Presidente do Sporting. É o primeiro culpado. Parece forte a palavra, mas é a realidade. Um líder de uma instituição será sempre o responsável máximo pelo que acontece na organização que comanda.
A entrevista que deu ao Expresso no sábado, num bom trabalho jornalístico, mostrava claramente, até porque sabemos à posteriori que a data foi acordada por ambas as partes, que a ruptura entre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus é evidente. O recado no jornal pelo que se passou no balneário depois do post do Facebook, não deixou dúvidas que Bruno de Carvalho não ficou nada contente com a posição de JJ e, como bem sabemos, Bruno não esquece. À medida que escrevo este texto, há uma reunião entre Direcção e treinador (e depois jogadores), vamos esperar pelo seu desenlace.
E os jogadores?
Fizeram pouco. Não tenho dúvidas disso. Não quero entrar em teorias que estariam a fazer a cama ao Presidente. Seria patético demais. Mas a verdade é que nesta altura, infelizmente, eu já duvido de tudo.
A única certeza que tenho é que irei continuar a amar este clube como sempre, mesmo que por vezes, não pareça que o Sporting mereça. Não pela instituição, que me merece sempre tudo, mas pelo que alguns dos seus intervenientes mais directos vão fazendo ao nosso clube. Não conseguimos encontrar o equilíbrio, quando o fazemos rapidamente procurámos a destruição. A auto-destruição parece um pedaço de ADN do "Ser Sportinguista"!
Não sei o que o futuro nos reserva. Não sei o que pensar sobre os próximos dias. Uma possível vitória na Taça não apaga este panorama triste em que me encontro. O Sporting é uma parte muito significativa da minha vida, mas a verdade é que não há época nenhuma em que tenhamos sossego para preparar as coisas como devem ser preparadas para uma época em que apenas a nossa preocupação deveria ser o jogo jogado. Há sempre um qualquer assunto que nos prejudica o arranque da época seguinte, há sempre uma ponta solta, há sempre algo preparado, ou que preparámos, para nos auto-destruir. Tudo o que possa dizer mais sobre este assunto, poderá cair em saco roto daqui a umas horas.
Espero, sinceramente, que as partes, Direcção, Treinador e Jogadores percebam que eles, todos, passarão pelo clube e são apenas partes do puzzle em construção chamado Sporting e que começou a ser criado em 1906. Ou encaixam nos valores de quem fundou este centenário clube, ou mais vale seguirem por outro caminho. Não pode ser só o dinheiro a locomoção das suas carreiras. Se assim, for, estamos a falhar na ideologia que o Sporting quer profissionais, sem dúvida, mas, "it's not only for the money"!
Comentários
É necessário haver oposição forte para que este maluquinho aka Hannibal Lecter do futebol português deixe o MEU Clube, o Clube que eu APOIO nas Vitórias, nas Derrotas e nos Empates. Jorge Jesus pode ter muitos defeitos e pode ter sido culpado pelo falhanço no campeonato, mas o maluquinho que lá anda, armado em presidente, é foi o MAIOR DOS MAIORES culpados.
Se eu estivesse no lugar de Jorge Jesus, no dia da final iria para o banco só para o afrontar e mostrar que ele não mete medo a ninguém.
Exijo que apareça alguém que tire de lá este maluquinho e que o internem o mais depressa possível, porque Bruno de Carvalho é um vírus que necessita de ser extinto o mais depressa possível. Ele é um agente tóxico que contamina tudo à sua volta. Além disso, Bruno de Carvalho é um cobarde, porque atira as pedras e esconde as mãos; nem sequer foi à Madeira acompanhar a equipa, preferindo refugiar-se na equipa de futsal - sendo a melhor equipa a nível nacional é fácil escudar-se nisso. Repito: Bruno de Carvalho é um cobarde e não tem coragem e nem respeito para encarar os jogadores olhos nos olhos. RUA!!! IMEDIATAMENTE!!!!
Saudações Leoninas
P.S.: Tinha que escrever este desabafo e deitar tudo cá para fora. Não quero este maluquinho como presidente do meu Clube, o clube que sempre apoiei e que sempre apoiarem nos bons e nos maus momentos.