Arsenal 0-0 Sporting :: o show das bancadas!
foto: Rita Gomes |
O texto relativo ao jogo do Sporting em casa do Arsenal só pode começar com um enorme obrigado aos mais de 5 mil adeptos Leoninos que foram a Londres apoiar a nossa equipa. Sou absolutamente sincero quando digo que na primeira parte, em grande parte dos momentos mortos do jogo, onde o Sporting esteve muito apático, ficava desligado do jogo a ouvir o apoio incrível que vinha das nossas bancadas. O meu muito obrigado a todos que foram ao estádio, porque enquanto existirmos todos (e aqui incluo os que ficaram por cá), enquanto adeptos doentes pelo Sporting, este clube continuará a ser tão grande como os maiores da Europa!
O Sporting deslocou-se a Londres num momento particularmente complicado da sua vida desportiva com o despedimento de José Peseiro e Tiago Fernandes a comandar os destinos do clube, de forma interina, enquanto Marcel Keizer não era anunciado (acabou por acontecer a seguir ao jogo). Ainda assim, tal como no jogo diante do Santa Clara, o Tiago, rapaz da casa, mostrou que ser treinador de futebol e perceber de futebol são duas coisas que têm de estar ligadas e Peseiro não as tinha.
Se nos Açores as alterações já tinham trazido boas indicações, ontem, sem medos, sem receios, com conhecimento de causa, lançou Miguel Luís. Não foram 2 ou 3 minutos, foi o tempo suficiente para que o jogador continue a acreditar no seu valor.
Claro que o Tiago nunca poderia fazer milagres em 2 jogos. O saldo é muito positivo, 1 vitória na Liga Portuguesa com um adversário competitivo e 1 empate em casa do Arsenal, onde muitos, normalmente, vêm de lá de saco cheio, mas era óbvio que o Sporting ainda não podia estar a jogar muito melhor que nos últimos tempos. O tempo perdido com José Peseiro é pesado e vai ser preciso muito trabalho para fazer regressar, por exemplo, Bruno Fernandes à forma da época passada ou colocar Nani na posição que rende mais, seja pela qualidade que tem, seja pelo rendimento que pode acrescentar à equipa em posições que não o façam desgastar-se como noutras alturas da sua juventude.
Por isso, o Sporting não fez uma grande primeira parte, já não havia pachorra para ouvir o comentador da SIC falar na posse de bola, muitas dificuldades nos processos de transição, a % de sucesso nos passes era ridícula e o empate manteve-se por algum desacerto do ataque do Arsenal.
Na segunda parte, houve correcção, fico com a sensação que o Sporting poderia ter sido mais feliz, se Bruno Fernandes conseguisse regressar à forma da época passada e se tivéssemos Raphinha em jogo (esta lesão está a ser dramática). De qualquer forma foi mais um bom jogo de Acuña, uma boa entrada de Jovane em campo e com Petrovic em campo não sofremos golos.
Palavra final para Mathieu: enorme!
O corte que fez no final do jogo, a 5 minutos dos 90, depois de um passe errado de Bruno Fernandes que coloca a bola à mercê de Aubameyang, foi absolutamente crucial para, no mínimo, conquistarmos 1 ponto. Não gosto de vitórias morais, mas aos 85', pensava o quanto era fundamental sairmos de Londres com aquele empate, pelo que representava na qualificação para a fase seguinte da Liga Europa e pelo prémio, ainda que pequeno, para os adeptos que estavam no Emirates.
Tudo encaminhado para a qualificação para os 16 avos de final da Liga Europa, agora com o treinador escolhido começa um novo ciclo, no entanto, Tiago Fernandes ainda tem pela frente um compromisso contra o Chaves em Alvalade e a vitória é crucial numa jornada em que Porto e Braga se defrontam!
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