O Ciclismo do Sporting acabou?
foto: Jornal do Sporting |
Não há ainda a confirmação oficial do Sporting, mas tudo indica, até pelo que vem sendo falando há uns meses, que o Ciclismo do Sporting irá mesmo terminar. A parceria com o Tavira já foi, o resto será de seguida.
Deixo as duas ideias que tenho desde sempre para o Ciclismo do Sporting. Uma de coração, outra mais racional.
Quero que o Sporting continue a ter as bicicletas com ciclistas de leão ao peito a correr por este país fora. É, e sempre será, um gosto especial ver isso acontecer numa Volta a Portugal ou numa outra qualquer competição nacional ou internacional. Somos um clube histórico na modalidade com grandes ciclistas inscritos nos feitos nacionais e internacionais.
Se a questão financeira é fundamental, não havendo recursos para manter, em plenitude, uma modalidade histórica como o ciclismo, terá de ser, na minha opinião, o Conselho Diretivo a apoiar a manutenção desta modalidade, procurando formas de sustentabilidade financeira, por meios autónomos para suportar os seus custos.
Que seja possível continuar a ter Ciclismo no Sporting!
Comentários
Infelizmente, o regresso do Sporting ao ciclismo acabou por revelar-se em falso. Em 4 participações na Volta a Portugal, somente conseguimos 1 vitória em etapas (no ano do regresso), o que é muito pobre. Na classificação geral, nunca conseguimos colocar um corredor no top-3. Em 4 anos não ter um top-3 foi mau. Por contraponto, olhe-se para o Boavista que, certamente com menos recursos, conseguiu melhores resultados nestes últimos 4 anos (vitórias em etapa, um top-3).
Na Grandíssima, a nossa equipa do ciclismo pareceu sempre desequilibrada e algo má preparada. Nunca discutimos os sprints, na montanha só tínhamos 1/2 corredores a acompanhar o pelotão da frente. Esperava muito mais, honestamente.
Por isso, não me surpreende o fim da parceria. O Sporting não estava a beneficiar deste regresso. É que temos um prestígio e tradição na modalidade a defender.
Dito isto, o Sporting faz falta ao ciclismo. Porque traz gente para a estrada. E o ciclismo faz falta ao Sporting, porque ajuda a projectar o nome do clube pelo país.
Agora, a aposta no ciclismo tem de ser feita com outro critério. Regresso ao Boavista. Com parcos recursos, o diretor José Santos soube sempre selecionar bem os corredores. Por que é que o Sporting, nestes 4 anos, não foi capaz disso?
Há lições a tirar deste regresso em falso. Oxalá que não tenhamos esperar mais 30 anos para voltar a ver a verde-e-branca pelas estradas de Portugal.