Vitória SC 2-2 Sporting :: há um novo Quaresma?

Homenagem às vítimas do Covid


O Sporting regressou ao campeonato e não foi capaz de vencer um jogo que esteve ao seu alcance. Por duas vezes na frente do marcador e mesmo em vantagem numérica uma boa parte do final do jogo não foi suficiente para sair de Guimarães com os três pontos.

Na conferência de imprensa de antevisão do jogo fiquei impressionado com a confiança demonstrada por Rúben Amorim mesmo estando presente uma equipa com lacunas evidentes. Ele melhor que eu, não tenho a minha dúvida, durante este tempo de paragem analisou o plantel à sua disposição e confirmou que a equipa do Sporting é curta e o planeamento da época foi um desastre que nos está a sair caro. Isto numa dos piores campeonatos nacionais de sempre onde o campeão será, certamente, justo e a equipa que o conseguir será a que menos mal jogou. 

Com base nessa confiança Rúben Amorim lançou Eduardo Quaresma e Matheus Nunes na equipa principal. Foi o central que mais destacou, Eduardo Quaresma aos 18 anos fez uma exibição muito sólida mostrando que é possível, claramente, ser jovem e dotar a sua equipa de qualidade e personalidade.

Sabemos também, porque nestas alturas é preciso prudência, que ainda é cedo para elevar o estatuto do jovem jogador, mas não será problema elogiar um bom jogo destacando as suas qualidades e o que poderá trazer no futuro para o Sporting. Com base nas estatísticas do GoalPoint, "Para além de uma ocasião flagrante criada em dois passes para finalização, acertou nove de 13 passes longos, 17 passes progressivos, somou 101 acções com bola, o máximo da partida, ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos e fez quatro intercepções.". 

O que mais sobressaiu, na minha humilde opinião, foi a sua capacidade de progressão no terreno enfrentando os adversários sem o tradicional receio de quem fez a sua estreia e depois, para o futuro, e sempre importante, a sua capacidade para ganhar duelos aéreos. Será que vamos assistir à chegada de um novo Quaresma?

O Sporting não venceu o jogo, talvez o grande culpado seja Rúben Amorim porque não foi capaz de alterar a equipa para que na ponta final com mais um elemento em campo que o adversário chegássemos aos terceiro golo, mas ganhou um jovem jogador da formação que mostrou capacidade para chegar à titularidade e tem como Professores, pelo menos até ao final da época, Mathieu e Coates.

A próxima jornada será na sexta feira em Alvalade diante do Paços de Ferreira, estes jogos de futebol sem adeptos são de partir o coração. Depois de ver o D. Afonso Henriques sem público chegará a nossa vez. Percebo que o futebol como negócio tem de regressar e as finanças dos clubes agradecem, mas futebol nunca será futebol enquanto não estiverem presentes adeptos nos estádios.

Já agora, a Liga Portuguesa poderia encetar conversações com o Governo e a DGS, e perceber a possibilidade de alguns estádios terem algum público. Podiam ser 500 ou 1.000 e os clubes podiam sortear esses bilhetes, mas parece-me que era possível fazer algo mais nesse sentido!

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